sábado, 10 de agosto de 2013

CONTEXTUALIZAÇÃO:MÓDULO 9 UNIDADE 3:PORTUGAL NO NOVO QUADRO INTERNACIONAL,

CONTEXTUALIZAÇÃO
A integração europeia de Portugal caminha a par da consolidação democrática do país. Duas décadas após a adesão à então CEE, as transformações revelam-se marcantes, tendo para tal contribuído as transferências de fundos comunitários. As beneficiações fazem-se sentir nas infraestruturas necessárias ao desenvolvimento do país. A facilitação do crédito permite a proliferação de pequenas e médias empresas, enquanto algumas das grandes empresas são privatizadas. Atraídas por uma mão-de-obra ainda competitiva, as multinacionais instalam-se. Na área do comércio e dos serviços, manifestam-se os maiores investimentos. Ao entrar no terceiro milénio, Portugal adere, com êxito, à moeda única, mas depara-se com a recessão mundial. Do ponto de vista social, o país envelheceu, tornou-se mais urbano, escolarizado e cosmopolita. As comunidades imigrantes crescem a olhos vistos. As relações democratizam-se, a família conhece novos enquadramentos, os interesses culturais diversificam-se, é verdade que o desemprego cresce a um ritmo preocupante, mas, no cômputo geral, o nível de vida dos Portugueses é superior ao início dos anos 80. Comprometido na construção europeia, Portugal mantém, igualmente, relações externas privilegiadas com a comunidade dos Países de Língua Portuguesa e a Comunidade Ibero –Americana.

CONTEXTUALIZAÇÃO

CONTEXTUALIZAÇÃO
Desde os anos 80 século XX que a Humanidade vive uma nova era. O Estado-Nação entra em crise. Enfrenta, por um lado, as disputas étnicas e religiosas e os separatismos nacionalistas, que recrudescem com o fim da Guerra Fria. Perde, por outro, poderes de decisão com a globalização da economia, que o neoliberalismo acelera. As empresas não pertencem a um Estado e o capital não tem nação. O Estado-Nação mostra-se, ainda, impotente para controlar os fluxos migratórios, as agressões ambientais, as redes terroristas, problemas que não conhecem fronteiras. A sociedade global do mundo desenvolvido quase não tem operários. È o preço a pagar pela explosão dos serviços, pelo aperfeiçoamento tecnológico, pela deslocalização das empresas. Tal como o sindicalismo, a militância política declina. A sociedade global, revolucionada pelas tecnologias da informação e da comunicação, liga, já no fim do milénio, grande parte da Humanidade em rede. O império da técnica é, também, o da ciência, que descodifica os segredos da genética. Expressão de um mundo global e acelerado, apresenta-se a arte eclética pós-modernista. Quando a crise de valores parece virar o Mundo do avesso, a Humanidade busca conforto na religião. Ensaiam-se novas formas de solidariedade e de empenhamento cívico. Entre outras causas, luta-se contra a degradação do planeta e da exclusão social

CONTEXTUALIZAÇÃO: MÓDULO 9: UNIDADE 1: O FIM DO SISTEMA INTERNACIONAL DA GUERRA FRIA E A PERSISTÊNCIA DA DICOTOMIA NORTE-SUL,


Em meados dos anos 80, quando Mikail Gorbachev assumiu o poder na União Soviética, a ordem bipolar estabelecida após a Segunda Guerra Mundial parecia sólido e duradouro. Poucos anos passados, no fim da década, o Muro de Berlim tinha-se desmoronado e os férreos governos comunistas da Europa de Leste eram já uma recordação. Em dezembro de 1991, a própria União Soviética soçobrou, carcomida por uma crise interna de dimensões insuspeitadas. Esta reviravolta da História deixou os EUA sem rival à sua altura e colocou o mundo sob a hegemonia americana. Na viragem para o século XXI, o poderio económico, tecnológico e, sobretudo, militar dos Estados Unidos tornara-se dominante e procurava estabelecer uma ordem nova, moldada pelas suas convicções e os seus interesses. Embora inegável, a supremacia americana confronta-se com dois fortes polos económicos: a velha Europa, reunificada pelo esfumar da “cortina de ferro” e onde o ideal de união económica e política continua a progredir; e a zona Àsia-Pacifico onde um punhado de países, seguindo o exemplo do Japão, assume um inesperado protagonismo. Profundamente transformado, o Mundo não se torna, no entanto, mais igualitário e mais pacifico. A fome, a doença, as desigualdades económicas, a violência dos conflitos armados continuam a atormentar as populações, à entrada do século XXI.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

CONTEXTUALIZAÇÃO: MÓDULO 8: UNIDADE 3


No segundo pós-guerra, Nova Iorque substitui Paris como capital das artes. Lá irrompem novas formas de expressão que perscrutam o absurdo da existência e ironizam sobre os ritos sociais. As novas correntes (Expressionismo Abstrato, Pop Art, Arte Conceptual) mostram-se tão devedoras do legado vanguardista da primeira metade do século (em particular, do abstracionismo, do dadaísmo e do surrealismo) como da reflexão sobre a condição humana fomentada pelo existencialismo. Entretanto, a América é também o berço de muitos dos grandes progressos científicos e tecnológicos que revolucionam a produção, as comunicações, a sociedade e a vida humana. Dos EUA irradiam os seus padrões culturais e hábitos consumistas. O cinema, a televisão, que lá se dissemina em plenos anos 50, e o rock and rol difundem a imagem de um mundo próspero, despreocupado e feliz. Há, no entanto, quem resista à padronização da cultura americana. Novos centros de produção cinematográfica contrariam a supremacia de Hollywood. No mundo desenvolvido, os jovens, as mulheres, os ecologistas, as minorias étnicas protagonizam movimentos de contestação que abalam os alicerces da sociedade capitalista.

CONTEXTUALIZAÇÃO: MÓDULO 8: UNIDADE 2


A Segunda Guerra Mundial, que abalou o Mundo e a sua ordem, não trouxe modificações de vulto ao nosso país. Pequeno e periférico, governado por um regime que não soube acompanhar a História. Portugal evoluiu lentamente acumulando distâncias relativamente ao mundo ocidental. Enquanto outros países mergulhavam a fundo na dinâmica dos “Trinta Gloriosos”, Portugal desligava-se com dificuldade dos valores da ruralidade que enformaram o salazarismo. O país foi-se industrializando mas continuou pobre e atrasado, entregando os seus filhos à emigração. Nos anos 60, cerca de um milhão de portugueses deixou a pátria, rumo às nações mais desenvolvidas. Entretanto, a ditadura consegue sobreviver aos ventos democráticos do pós-guerra. Simulando uma abertura que, de facto, não existiu, o regime encena atos eleitorais que a nada conduzem. Sólido como uma rocha, Salazar resiste mesmo à mais dura das provas: a Guerra Colonial. Em 1968, uma doença grave afasta finalmente o velho ditador do poder. Marcello Caetano, que o substitui, tenta, em vão, viabilizar o regime. Em 25 de Abril de 1974, um golpe militar derruba-o quase sem resistência e abre uma nova etapa na História do país. Nos dois anos que se seguiram, Portugal viveu horas difíceis de afrontamentos políticos e graves tensões sociais. Viveu, também, o drama de uma descolonização apressada e tumultuosa. Mas soube restabelecer as liberdades cívicas, consolidá-las e ocupar um lugar que lhe cabe entre as nações democráticas do Mundo.

CONTEXTUALIZAÇÃO: MÓDULO 8: UNIDADE 1

A reconstrução do pós-guerra fez-se sob o signo de solidariedade mas, também, do antagonismo. Transformados em superpotências, os Estados Unidos e a União Soviética procuram estender as suas áreas de influência e assumem uma rivalidade declarada. Na verdade, mais do que as ambições geoestratégicas dos dois países, confrontam-se duas ideologias e duas formas de vida opostas: de um lado, o modelo capitalista, defensor do multipartidarismo e da economia de mercado; do outro, o modelo socialista, escudado na democracia popular e na economia planificada. Neste mundo bipolar afirmam-se, lentamente, novos interlocutores. Na Ásia, o Japão transforma-se numa potência económica, enquanto a China rejeita a liderança soviética, abrindo uma fissura de vulto no bloco socialista. Na Europa, um novo espírito de cooperação conduz à CEE e reforça os laços entre as nações. Os povos do mundo colonizado conquistam finalmente a independência e unem-se no seu propósito de encontrar uma nova via para política mundial. É, em parte, este espírito de autonomia que impele os estados do Médio Oriente ao boicote petrolífero que, nos anos 70 e 80, mergulha o mundo ocidental numa grave crise económica. Depois de três décadas de marcado bipolarismo, prefigura-se uma nova ordem internacional

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

CONTEXTUALIZAÇÃO: MÓDULO 7: UNIDADE 3


As dificuldades dos anos 30 favoreceram a irradiação do fascismo na Europa e no Mundo. Nem sempre, porém, as potencias democráticas tiveram um comportamento clarividente para com o imperialismo das forças totalitárias. Desejosas, por um lado, de preservar a todo o custo um equilíbrio que haviam construído com o Tratado de Versalhes e, por outro lado, mantendo-se na defensiva perante a URSS, não ofereceram uma resistência sériaàs primeiras investidas do Japão, da Itália fascista e da Alemanha nazi. A política da não intervenção na Guerra Civil de Espanha ajudou ao triunfo de mais um regime de pendor fascista na Europa. As agressões territoriais de Hitler, a partir de 1939, levaram, todavia, os países democráticos a infletirem a sua política e a constituírem uma frente decidida a lutar pela causa da democracia e da liberdade. Contra as potências do Eixo se ergueram, efectivamente, os Aliados naquele que constitui o maior conflito à escala mundial (1939-1945).
Economista e política revolucionária (18701919), de origem polaca, emigrou para a Alemanha em 1895, vindo depois aescolher esta nacionalidade. No país de adoção ficou conhecida como dirigente do Partido Social-Democrata.Durante operíodo da Primeira Guerra Mundial foi encarcerada na prisão por intervir na Internacional Socialista, vindo a serlibertada com o eclodir da Revolução de 1918.Juntamente com Liebknecht, fundou um partido socialista alemão deextrema esquerda, denominado Partido Espartaquista. Na sequência deste ato foi novamente detida e foi assassinadana operação de transporte para uma instituição prisional.Rosa era uma mulher extremamente culta, que dominava cercade onze idiomas, ligada à produção literária, porque, além da sua atividade política e ideológica como teórica damarxismo, Rosa Luxemburgo investiu também na produção de alguns trabalhos sobre economia e política, dentre osquais se destaca A acumulação de capital.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

TRATADOS DE PAZ APÓS A GRANDE GUERRA

Tratado de Versalhes (1919) 
 Tratado de paz elaborado no final da Primeira Guerra Mundial pelas nações aliadas e cujo texto foi imposto à Alemanha vencida. A assinatura decorreu na Sala dos Espelhos do Palácio de Versalhes, em França, a 28 de junho de 1919, tendo o tratado entrado em vigor a 10 de junho do ano seguinte.Para assegurar o entendimento político e a paz entre os países, o tratado previa a constituição da Sociedade das Nações, a redução do território alemão em cerca de 10% com a entrega da Alsácia e da Lorena à França, a desmilitarização da Alemanha e o pagamento por parte desta de pesadas indemnizações de guerra.Pela sua severidade para com a principal nação derrotada, o Tratado de Versalhes constituiu, na perspetiva da Alemanha, uma penosa humilhação. Desta forma, tanto pelo descontentamento que gerou como pelas dificuldades económicas que impôs aos alemães nos anos seguintes, ajudou a criar condições para a ascensão de Adolf Hitler ao poder, nos anos 30, e, em consequência, para o retorno a um conflito em larga escala, no qual a Alemanha defrontaria novamente nações como a França e a Inglaterra - a Segunda Guerra Mundial.
TRATADO DE SAINT-GERMAIN-EN-LAYE
Tratado de paz acordado entre os Aliados e a Áustria depois da I Guerra Mundial, assinado em Saint-Germain-en-Laye,em França, a 10 de setembro de 1919. Este tratado exigia da Áustria, o último reduto do Império Austro-Húngaro, o reconhecimento da soberania da Hungria, a cedência de territórios ao reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos, que depois tomou o nome de Jugoslávia, à Checoslováquia, Polónia, Roménia e Itália, e também a aceitação dos regulamentos que obrigavam a respeitar as minorias étnicas dentro das fronteiras austríacas.As cláusulas militares permitiram à Áustria um exército voluntário de 30 000 homens, mas a Marinha austro-húngara foi destruída e distribuída entre os Aliados. Foram igualmente estabelecidas compensações económicas pelos prejuízos causados pela guerra,embora o dinheiro nunca tenham sido pagas. O Artigo 88, que proibia qualquer ato que comprometesse a independência austríaca, foi criado para precaver uma futura aliança com a Alemanha. Este artigo foi responsável pelo clima de tensão nas relações da Alemanha com a Áustria nos anos trinta, que culminaram com a anexação da Áustria por Adolf Hitler, em 1938.
TRATADO DE TRIANON
O Tratado de Trianon foi assinado em 4 de junho de 1920, no Palácio Petit Trianon, em Versalhes, França. Destinava-se a regular a situação do novo Estado húngaro que substituiu o Reino da Hungria, parte do antigo Império Austro-Húngaro, após a Primeira Guerra Mundial. As partes ao tratado eram as potências vitoriosas, seus aliados e o lado perdedor. As potências vitoriosas incluíam os Estados Unidos, o Reino Unido, a França e a Itália; seus aliados eram a Roménia, a Jugoslávia e a Checoslováquia. O lado perdedor estava representado pela Hungria.
 TRATADO DE NEUILLY
O tratado de Neuilly-sur-Seine foi um acordo de paz firmado em Neuilly-sur-Seine (França) em 27 de novembro de 1919, um ano após o fim da Primeira Guerra mundial, entre os países vencedores da Guerra e a Bulgária. Seus principais pontos diziam que a Bulgária reconheceria o velho Reino da Jugoslávia, pagaria uma indenização e reduzia o seu exército. Também perdia uma faixa de território ocidental para a Jugoslávia e cedia a Trácia Ocidental à Grécia, perdendo assim o acesso ao Mar Egeu.
 TRATADO DE SÉVRES
Foi assinado em 1920 a fim de regular a situação com a Turquia, estipulando que a Arménia seria independente e que a maior parte da Turquia europeia passaria à Grécia; a Síria seria controlada pelos franceses; a Mesopotâmia e a Palestina pelos ingleses.  Uma rebelião na Turquia, liderada por Mustafá Kemal, pôs fim ao império e proclamou a República, reconquistando a Arménia, parte do seu território dada à Grécia, o que obrigou a revisão do Tratado de Sèvres, em Lasmune (1923). Esse tratado permitiu à Turquia conservar todo o território reconquistado.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Pegada ecológica


 Pegada ecológica (2009):     A expressão "pegada ecológica" foi usada pela primeira vez por dois professores universitários canadianos, William Rees e Mathis Wackernagel. Pretende ser uma medida para calcular o impacto anual (devido aos recursos naturais que, directa ou indirectamente, consomem) dos seres humanos no ambiente quando vivem de acordo com o seu estilo de vida habitual. A pegada ecológica tem sido usada como indicador de sustentabilidade ambiental. É uma ferramenta que permite avaliar até que ponto o nosso impacto já ultrapassou o limite, ajudando-nos a perceber se vivemos de forma sustentável. Isto não quer dizer que, se a nossa pegada for pequena, possamos consumir "à larga" porque ainda temos "crédito"; antes pelo contrário: devemos manter as boas práticas e melhorá-las, para que possamos deixar "muito espaço" para todos os seres vivos que, no futuro, irão povoar a Terra. Mas esta não é uma batalha fácil: partimos em desvantagem, uma vez que a taxa de consumo de recursos naturais já é superior à sua taxa de reposição. Pode calcular-se a pegada ecológica de um indivíduo, de uma população, de um país ou até de um produto. No entanto, existem vários impactos que não são contabilizados no cálculo da pegada ecológica, pelo que o valor obtido é uma estimativa por defeito. Saliente-se ainda a incerteza inerente aos cálculos que, por se basearem em alguns pressupostos e estimativas, podem perder rigor e produzir uma conclusão diferente da realidade. Logo, compreender as limitações deste indicador é muito importante para evitar conclusões precipitadas. Esta informação fornecida pela pegada ecológica deve ser complementada pois a pegada ecológica, relembramos, não é uma medida exacta mas sim uma estimativa. Somando as várias pegadas parcelares obtemos um valor global que representa uma área produtiva capaz de repor, pelo menos em teoria, o capital natural por nós consumido. Esta área pode ser comparada com o espaço efectivamente existente (designado "biocapacidade") e, a partir dos valores obtidos, ajudar a obter informação sobre a sustentabilidade de um sistema. O cálculo da pegada ecológica nas sociedades industrializadas permite-nos concluir que, devido ao aumento exponencial da produção de bens e do consumo, o espaço físico disponível na Terra já não é suficiente para nos sustentar se mantivermos os actuais padrões de produção e de consumo.

AL-QAEDA:OSAMA bin LADEN

 Grupo terrorista: Al-Qaeda ( 2002):
As origens da rede Al-Qaeda remontam a finais da década de 1980, aquando da ocupação soviética no Afeganistão. Bin Laden reuniu e uniu os muçulmanos em redor da causa islâmica para expulsar o inimigo ocidental e os seus aliados no mundo islâmico. Em finais da década de 1990, a Al-Qaeda passou a afirmar-se como uma rede terrorista internacional. O cabecilha desta rede foi, desde o início, Osama bin Laden, um milionário saudita cujo grande objectivo é, desde sempre, derrubar o “inimigo” ocidental (cujo expoente máximo são os EUA) e fazer valer o fundamentalismo islâmico.
 A Al-Qaeda tem como ideologia de base o fundamentalismo islâmico, uma interpretação violenta e radical do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, que determina o uso do terrorismo como arma para alcançar os objectivos a que se propõe, que são a expulsão dos americanos (o inimigo n.º 1) dos países muçulmanos e a queda dos governos considerados heréticos. Para isso, a principal acção é a jihad, ou guerra santa, contra as potências do Ocidente e contra o “ocupante israelita”. Uma das características mais distintivas da Al-Qaeda é o seu modo de actuar.
Os membros destacados para determinado ataque terrorista podem demorar anos a preparar esse ataque, para que tudo seja calculado ao pormenor, com o fim de alcançar o máximo de objectivos traçados. Os operacionais suicidas são uma constante, assim como a ausência de pré-aviso e, muitas vezes, de reivindicação da autoria dos atentados. O que é mais preocupante no modus operandi dos ataques da Al-Qaeda é a preocupação que os seus membros parecem ter em preparar tudo ao pormenor, fazendo um planeamento meticuloso das operações e proporcionando treinos intensivos e específicos para os operacionais.
 A rede Al-Qaeda funciona com uma estrutura de células, espalhadas por todo o mundo. Este tipo de estrutura causa enormes dificuldades aos combates ao terrorismo porque é difícil estabelecer laços de relação entre as várias células e os dirigentes da rede. Para dificultar ainda mais o trabalho das forças policiais mundiais, muitas células desconhecem a existência de outras, o que faz com que a rede vá “alastrando” de uma forma quase invisível. Só os dirigentes da rede têm conhecimento total da rede. No topo da hierarquia da rede está Osama bin Laden. Os operacionais da Al-Qaeda passam por um conjunto de avaliações por parte dos dirigentes até serem enviados para os campos de treino da rede. Depois de receberem o treino destinado a actividades terroristas, são enviados para as várias células espalhadas pelo mundo (Arábia Saudita, Argélia, Azerbaijão, Bahrein, Bangladesh, Birmânia, Bósnia-Herzegovina, China, Cisjordânia, Daguestão, Egipto, Eritreia, Etiópia, Faixa de Gaza, Filipinas, Iémen, Indonésia, Iraque, Jordânia, Kosovo, Kuwait, Líbano, Líbia, Malásia, Marrocos, Paquistão, Quénia, Síria, Somália, Sudão, Tajiquistão, Tanzânia, Tchetchénia, Tunísia, Turquia, Uganda e Uzbequistão).
 A Al-Qaeda conta já com várias acusações de atentados terroristas. Entre elas, destacam-se: - três atentados bombistas no Iémen contra soldados norte-americanos envolvidos numa operação humanitária, em Dezembro de 1992; - atentado à bomba no World Trade Center que causou 6 mortos e centenas de feridos, em Fevereiro de 1993; tentativa de assassinato do presidente egípcio, Hosni Mubarak, em Junho de 1995; - atentado com carro armadilhado à Embaixada egípcia no Paquistão, do qual resultaram vinte mortos, em 1995; atentados contra as Embaixadas dos EUA em Nairobi (Quénia), dos quais resultaram 224 mortos, em Agosto de 1998; - atentados ao World Trade Center e ao Pentágono, EUA, dos quais resultaram a destruição total das Torres Gémeas, danos bastante extensos no Pentágono e a morte de cerca de 6000 pessoas, em Setembro de 2001.

 Fonte: Público online

 Osama bin Laden - Líder do movimento Al-Qaeda (A Base),
Osama bin Laden nasceu em Riad, na Arábia Saudita, e foi o 17.º dos 52 filhos de um rico construtor civil da Arábia Saudita, proveniente do Iémen. Aos 22 anos, foi aconselhado pelo chefe dos serviços secretos sauditas para, com a ajuda da fortuna da família, começar a treinar combatentes para lutar contra os soviéticos no Afeganistão. Bin Laden deixou a Arábia Saudita em 1979 para lutar contra a invasão do Afeganistão por parte da União Soviética.
 Recebeu então treino de segurança por parte da CIA. Posteriormente, fundou o Maktab al-Khichmat e recrutou homens para ajudar na resistência contra Moscovo. Após a retirada soviética, os “afegãos árabes”, como o movimento de bin Laden lhes passou a chamar, direccionaram os seus ataques contra os EUA e os seus aliados no Médio Oriente.
 Com o fim da guerra afegã, bin Laden regressou à Arábia Saudita para trabalhar nos negócios da família, mas foi expulso em 1991 e foi-lhe retirada a nacionalidade em 1994, por causa das suas actividades anti-governamentais e sob a acusação de se ter vendido à América. Bin Laden refugiou-se no Sudão durante cinco anos, mas, pressionadas pela comunidade internacional, as autoridades de Cartum expulsaram-no. Os talibã afegãos abriram-lhe, então, as portas. Segundo especialistas em terrorismo, bin Laden utiliza a sua riqueza para financiar os ataques contra os EUA. O Departamento de Estado dos EUA considera-o um dos maiores patrocinadores das actividades extremistas islâmicas. Segundo os EUA, bin Laden esteve envolvido no ataque ao World Trade Center, em 1993, na morte de dezanove soldados americanos em1996, na Arábia Saudita e nos bombardeamentos das embaixadas dos EUA em Dar es Salaam, na Tanzânia, em Nairobi, no Quénia. Nestas embaixadas morreram mais de duzentos civis. Bin Laden recusa qualquer envolvimento nestes ataques.
 Alguns analistas afirmam que bin Laden pertence a um movimento islâmico internacional, que engloba grupos egípcios, líbios, sauditas, entre outros, com o objectivo de reivindicar os três locais mais sagrados do Islão: Meca, Medina e Jerusalém. Bin Laden vive habitualmente refugiado no Afeganistão, onde gere campos de treino das suas milícias terroristas, sob a protecção das milícias talibã.
Os Estados Unidos acusam bin Laden de dirigir uma rede terrorista a partir daquele país.
 A partir de 2001, bin Laden tornou-se o homem mais procurado do mundo, depois dos atentados de Setembro aos EUA. Apesar de nunca ter reivindicado a autoria dos atentados, bin Laden foi, desde o primeiro dia, o principal suspeito dos ataques, facto que desencadeou uma intervenção militar dos EUA e do Reino Unido no Afeganistão, numa verdadeira caça ao homem com o objectivo de capturar bin Laden e destruir os campos de treino terroristas neste país do Médio Oriente.

 In Enciclopédia Universal, Texto Editora (Adaptado)